Japão e EUA reafirmam disposição de usar medidas arrojadas para escapar da crise

O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou nesta segunda-feira que ele e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, concordaram em tratativas por telefone que a maior prioridade é tirar as respectivas economias da atual crise por meio de medidas fiscais arrojadas.

Falando após sua primeira conversas com Yellen desde que ela tornou-se a nova secretária do Tesouro norte-americana, Aso disse que eles também concordaram que é importante manter um diálogo estreito acerca das taxas de câmbio.

“Reafirmamos que é importante manter os acordos do G7 e do G20 de até agora”, disse Aso a repórteres após as conversas, que ocorreram no momento em que os dois países continuam a enfrentar uma batalha para amortecer o impacto econômico da pandemia da Covid-19.

Yellen destacou a importância da aliança entre os EUA e o Japão e transmitiu sua intenção de aprofundar a cooperação econômica e financeira com o país asiático para fortalecer ambas as economias, informou o Departamento do Tesouro dos EUA em um comunicado sobre a ligação.

“A secretária expressou sua disposição para trabalhar em estreita colaboração com o Japão, tanto bilateral quanto multilateralmente, para enfrentar os principais desafios regionais e globais, como a resposta econômica à pandemia da Covid-19 e às mudanças climáticas”, acrescentou.

Durante a ligação, Aso também mencionou o desejo do Japão de prosseguir com as discussões internacionais com o objetivo de chegar a um acordo tributário global, disse ele.

O Tesouro não destacou a tributação digital no contexto da reunião de Yellen com Aso, mas Yellen prometeu voltar a se envolver ativamente nas discussões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre tributação internacional em suas tratativas com os ministros das Finanças da França e da Alemanha na semana passada.

No mês passado, Aso afirmou ao Parlamento que as opiniões do Japão sobre os principais tópicos econômicos estavam de acordo com as expressas por Yellen em seu depoimento ao Congresso.

(Por Takaya Yamaguchi, Leika Kihara e Daniel Leussink; reportagem adicional de Kaori Kaneko em Tóquio e Andrea Shalal em Washington)

Fonte: Moneytimes

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